domingo, 24 de junho de 2012

Festa na roça é pra lá de bão

Aprendi a gostar de música gaúcha depois dos 18, nunca fui num CTG (Centro de Tradições Gaúchas), fujo do Carnaval como o diabo foge da cruz e reza a lenda que nunca fui numa festa junina. Ou melhor: nunca havia ido. 

É fato: eu tenho fobia de festas tradicionais. Não sei porquê, durante minha infância e adolescência, sempre mantive um distanciamento de coisas típicas locais. Só depois de “velha” é que comecei a me interessar. E aí tu vê como as pessoas mudam.

A escola onde estudo tem essa coisa de às vezes promover festas típicas de cada país, onde os próprios alunos organizam. Junho é tempo de festa junina. Hora de fugir.. ou não. Quando eu me dei por conta, já estava cortando bandeirinhas, me metendo no teatro e palpitando no cardápio. Confesso que de início achei que a galera não ia pilhar – atualmente na escola tem em torno de 20 e poucos brasileiros. Mas no fim, não é que a coisa deu certo? 

Pessoal na preparação das bandeirinhas

A festa atraiu gente de tudo que é lugar. Teve quentão, pipoca, maria mole, bolo de fubá e arroz doce. O pessoal improvisou a vestimenta com o que tinha em casa e a galera aderiu às pintinhas no rosto, bigodes e monocelhas. A banda Kalanguetal foi ótima, o pessoal dançou forró e curtiu muito. Dancei minha primeira quadrilha e fui o correio elegante, entregando mensagens pros futuros possíveis casais e fazendo muita gente achar que estava sendo galanteada por algum gatinho, quando na verdade estavam sendo sacaneados pelos amigos.

A ponte quebrou!.. mentiiiiira


Cupido capira - juntando casais desde 1995


Acho que o que despertou o interesse na festa, não só em mim como em outros, foi o fato de que dessa vez não seria uma mesmice. Dessa vez a gente tinha que mostrar o melhor que tinha para pessoas que não tinham ideia do que era uma Festa de São João. Não que eu tivesse muito, porque né, minha experiência nesse quesito deixa a desejar. Mas o legal é que aos poucos a gente percebe o quanto a gente não conhece nada do lugar que a gente vem e de repente começa a se interessar. Eu passo muita vergonha aqui quando as pessoas me perguntam como é o Rio de Janeiro e eu não tenho como responder, porque nunca estive lá. Mas também arraso quando surpreendo elas dizendo que “Yes, temos inverno e frio com temperaturas negativas” (um salve pro pessoal que tá em Caxias e em breve vai ler isso com a estufa ligada).

E não adianta, a gente pode reclamar muito de brasileiro (e eu reclamo mesmo, porque de vez em quando dá vergonha alheia nível 150). Mas acho que ninguém sabe fazer uma festa tão animada como a gente. E segue abaixo o vídeo do nosso casamento caipira. Tosco, mas de coração.



Produção: Elena Toniato - Roteiro: Marcelle Monteiro - Elenco: Tatiana Perrone, Matheus Bombicino Jardini, Valdair Alves, Jader Moraes da Silva, Antonio Barbosa, Angélia Braatz, Murilo Teodoro, Giordane Vieira, Jamile Oliveira , Bruna Batista e Rodrigo Padin - Make up: Angélia Braatz - Trilha sonora: Kalanguetal - Produção Executiva: Atlantic Language School.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Minha trilha sonora ao vivo



Eu vi a Irlanda pela primeira vez da janelinha do avião ao som dessa música aí de cima - se quiserem ouvir enquanto leem o post, é uma ótima trilha sonora. 

Aquele período de 3 ou 4 minutos foi um dos momentos em que eu me senti mais feliz em toda a minha vida. Eu tava realizando meu único grande sonho, damn it! Pode ser bobagem pra alguns, mas pra mim não. Foi a primeira, e até agora única vez que eu chorei desde que cheguei. Mas ok, não é isso que eu queria falar.

Antes de vir pra Europa eu sabia que a chance de ver algum show legal seria grande, mas ainda não sabia quem ou o quê eu poderia assistir. Não que aqui em Galway não tenham shows bons, longe disso! Os músicos daqui são maravilhosos. Mas quem me conhece sabe que eu sou louca por um showzinho de bandas internacionais com milhares de pessoas.

No primeiro mês, já a primeira surpresa junto da primeira decepção. Na minha Galway querida, show do Franz Ferdinand... ali, do ladinho, naquele palco de meio metro de altura do Roisin Dubh... Em menos de duas horas, venderam os 200 ingressos, óbvio. Eu não tive chance porque naquela época eu estava sem internet e o jornal anunciou as datas erradas da venda de ingresso (#fail). A decepção foi grande, mas não chegou aos pés da que eu tive com o Weezer há uns 8 anos atrás (longa história: mas resumindo, ganhei ingressos e não fui no show). Mas tudo bem, eu já tive oportunidade de assistir Franz em Porto Alegre antes, então.. Dor no coração, mas ok, supero. 

Até que a oportunidade mais que perfeita surgiu: a banda que eu me encantei há um tempo atrás e que foi a trilha da minha chegada na Irlanda faria um festival em... Galway! Ou seja: sem despesas com transporte, sem taxas, apenas o ingresso. Mumford & Sons faria um show em Salthill Park, meia hora de caminhada minha casa e... peraí, peraí peraí ... quem?? Sim, porque quando eu contei empolgadésima pras pessoas que Mumford & Sons iria vir pra cá, ninguém sabia quem era. E acho que muitos que tão lendo esse post também não fazem a mínima. Se estiverem curiosos, tá aqui o site oficial e a Wikipédia. Não, não é uma banda irlandesa... são britânicos.

Anyway, na falta de companhia, fui com a caravana do “eu sozinha” mesmo. Ou melhor... com minha câmera, meu óculos de sol e minha água mineral. E super me deixaram entrar com água mineral, só que eles tiram a tampa e cheiram o interior. Acho que a galera que eu vi antes de entrar e que tava despejando uma Smirnoff na garrafa pet deve ter pedido alguns 20 e tantos euros...


Gentlemen of the Road

Bandeiras espalhadas com o logo do Festival
Banda desconhecida... que nada! Tinha uma super galera! Não vi nem ouvi estrangeiros, como habitualmente acontece em qualquer outro lugar aqui. Só tinha irish mesmo. Não consegui encontrar nos jornais ou em nenhum outro lugar a estimativa de público. Mas sem dúvida havia alguns milhares. O festival se chama Gentlemen of the Road e durante um dia inteiro, várias bandas se apresentam em dois palcos. Esse festival é organizado pelos próprios integrantes do Mumford & Sons e geralmente passa por cidades menores.

Quando eu cheguei já tava assim... e era 6 da tarde.

Antes do show principal, consegui assistir Nathaniel Ratelcliff – bem bacana, por sinal e The Vaccines, que eu já achava curtia e tal, mas que no show me decepcionou um pouco. Não agitou muito a galera.

The Vaccines: curti, mas achei que seria mais empolgante
Tudo pronto pra começar! (essa manga tá ridícula, henhôôô...)
Na hora de Mumford & Sons... bom, vocês sabem. Galera cantando alto, pulando, gritando, fazendo milhões de vídeos e fotos. Fiquei consideravelmente na frente, o que me rendeu alguns empurrões e Bulmers derrubadas do meu tênis estrelado de 3 euros. Mas ok, eu supero, como sempre. Os caras foram muito simpáticos com o público e tocaram algumas músicas do novo CD que sai agora em setembro. (Sem contar que a maioria deles são umas gracinhas – sem ciúmes, Gabri)


Cantei, gritei, pulei, me diverti. Muito. O show foi sensacional. Mas enquanto eu voltava a pé pra casa, à meia-noite – não se assustem, isso ainda é cedo – eu fiquei pensando no quanto meus amigos da gringolândia (vulgo Caxias do Sul) tinham que estar comigo naquela hora e como teriam curtido, porque foi perfeito. Ou melhor... faltaram eles pra ter sido perfeito.

PS atualizado dia 06 de julho: Ah... e essa semana ainda fui no show do Thin Lizzy (sim, Edubis, eu sei que não é a formação original... but who cares??)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Eurotripando por aí (6) - Edimburgo

Vista do Castelo de Edimburgo

Nem deu tempo de respirar em Galway, já me mandei pra terra do Monstro do Lago Ness (mas não visitei o dito cujo). A Escócia é um lugar que sempre tive vontade de conhecer. Eu já fazia parte da banda escocesa do colégio e amava o xadrez escocês dos kilts, o chamado tartan (momento cultural). Num impulso incosequente, me mandei pra Edimburgo pra passar dois dias de chuva com uma galera da escola.  Ah sim, você deve estar se perguntando... “inconsequente por quê?” Tá... talvez você não esteja se perguntando, mas eu explico de qualquer forma.

A cabeçuda aqui fez a maior pressão na galera pra viajar no final de semana do dia 9 de junho e passar 3 ou 4 dias. Só que a cabeçuda também esqueceu que era o mesmo final de semana do show do Mumford & Sons, cujo qual eu havia comprado ingresso há mais de um mês. Esperta né? Pena que só me dei conta disso minutos DEPOIS de termos comprado as passagens. Tive que voltar antes, porque né... não ia perder o show.
 
Perdeu, playboy

E aqui galera, fica a dica: Ryanair às vezes não é tão legal assim. Tudo bem que é um Visatão voador com preços super legais, que te leva por toda Europa. Porém, essa promoção toda tem seu preço. Como o serviço de compra funciona basicamente pela internet, tudo que você fizer de errado... bem, a culpa é sua. Você paga por isso. No meu caso, por exemplo, compramos seis passagens juntas. Eu gostaria de mudar apenas o meu voo para um dia antes. Ok, posso fazer isso, BUT tem que pagar uma taxinha básica de 60 euricos. Ahhh errou o nome também? Sem problema, pague mais 110 euros que tá de boa, aí sim você pode embarcar. Resumindo a novela: se tu fez bobagem, vale mais a pena comprar outra passagem e perder essa grana do que modificar alguma coisa no teu voo.

Pra quem não conhece: a Ryanair é uma companhia aérea low cost, ou seja, faz voos por preços acessíveis. Por exemplo: minha ida e volta de Dublin até Edimburgo teria custado por volta de 45 euros (se eu não tivesse cagado na vara).  Então, é realmente barato.  Outra coisa: na hora da bookar o voo têm muitos “pega-ratão”. Durante o momento da compra, muitos serviços acabam sendo assinalados sem querer, como seguro de vida, aluguel de carro, bagagem extra, etc., aumentando o preço do ticket sem tu te dar conta. Então, fique esperto.

E mais: pelo preço da passagem, só é possível levar bagagem de mão que não ultrapasse o tamanho de 55cm x 40cm x 20cm, pesando no máximo 10 kg. E tem que enfiar tudo ali.. bolsa, chave, câmera... Tem até uma gaiolinha bem simpática em frente do check in pro pessoal averiguar se tua mala entra ou não. Não é difícil ver neguinho apanhando pra fazer caber. Ah, não coube? Extra charge pra ti: paga. Ou então, faça como eu e milhares de passageiros: vista todas as blusas que tu tens, enfie as lembrancinhas no bolso, finja que caiu na cantada do atendente... São inúmeras possibilidades de dar um jeitinho brasileiro nessa situação e sem precisar fazer nada ‘ilegal’.

Fala de Edimburgo, guria!

Dados os toques sobre Ryanair, vamos a Edimburgo. O sotaque forte já é logo visto no nome da cidade. Edinburgh, ou melhor “Edimbrrááá”, que aprendi a pronunciar em uma aula de inglês com o Jeff na Skill, é melancolicamente encantadora. O cenário faz tu se sentir em algum filme à lá Sherlock Holmes. Mesmo com dois dias de tempo péssimo, chuvoso e nublado, é fácil perceber a beleza da cidade. De fato, acho que até deu um clima mais escocês. Mas o frio era super dispensável. Errei no figurino, pra variar.

A gente ficou num hostel muito bom, o Westend, localizado na Palmerston Place, pertinho da St. Mary’s Cathedral. O problema era o atendente. Sabe aqueles caras que tão pouco ligando pra ti, com ar esnobe do tipo “amiga, você demora muito tempo pra ficar aqui na recepção respirando o meu ar?” O preço é legal, por volta de £14 mas não tem café da manhã incluso, e se puder, não pegue. Acho que se consegue coisa melhor nos arredores por um preço melhor.

Ó o meu xadrez tartan por tudo :)

O que fazer?

Não consegui conhecer nem metade do que eu queria. Por uma série de razões. Primeira e óbvia: pouco tempo. Precisaria de mais uns 2 dias no mínimo pra fazer tudo o que eu queria. Segunda: a chuvinha amiga acompanhada do ventinho e friozinho queridos, impedia qualquer visita externa de maneira confortável. E outra que viajar em galera é mais complicado pra quem curte mapear a cidade. Estávamos em seis (eu, Gabi, Bruna, Pedro, Rodrigo e Muriel) e inevitavelmente há atraso, um quer fazer isso, outro aquilo. De qualquer forma, foi super divertido (ao menos se tem companhia pra festa e fazer zoeira na loja de pizza e falafel depois das 2 da manhã!)


Os homeless de Galway: Pedro, Rodrigo, Muriel, Bru, eu e Gabi

O centro de Edinburgh ainda mantém o aspecto medieval, com pedras dominando as construções, dando a cara de Old Town. E com um castelo no meio da cidade, não tem como não querer preservar um ambiente similar. O Castelo de Edimburgo é visível de todos os pontos centrais. Erguido sobre a colina de Castle Rock, é uma das atrações principais da cidade. Entrara de £ 16, sem choro pra estudante, menores ou o caramba. 

Castelo de Edimbrrráááá

Todos os dias, às 13h, tem o “One O’clock Gun”, que é tipo um canhão (mas que não é canhão O.o) que atira pontualmente às 13h, menos aos domingos.  Antes disso, um show de gaita de fole, claro. (E não é piada: se ouve gaita de fole por todos os lugares nessa cidade)! Entre as atrações do castelo: zilhões de museus sobre guerra e sobre a guarda escocesa, as joias da coroa da Escócia, prisões antigas, capelas etc. E você pode ser recebido pelo William Wallace na entrada, assim como a gente. Esse ano foi construída provisoriamente uma espécie de arena que servirá pra sediar atrações do festival, que ocorre sempre em agosto. O festival de Edimburgo na verdade é uma miscelânea de festivais de tudo que é tipo: teatro, opera, música, dança, e por aí vai. Meus amigos coreanos vão visitar nessa época. Eu achei as passagens muito caras,  aí não deu. 

Nosso recepcionista do castelo. Prefiro o Mel Gibson, mas né.
Fora dos muros do castelo...

Pra conhecer a cidade, fomos atrás do Free Tour, aquele que eu comentei no post sobre Paris. Já que tinha sido legal lá e o pessoal que tava comigo fez um bacana em Amsterdam, achamos que em Edimburgo também deveria ser massa. E tinha tudo pra ser. Infelizmente, nosso guia era um irish com cara de nerd que falava, falava, falava e falava. O que ele dizia era interessante, mas como ele era muuuito lento e como eu não tinha dormido, já que usamos a madrugada pra viajar, eu tava com muito sono e dormindo em pé. Por sorte (ou não), a Bruna perdeu a carteira (pela primeira vez. Ainda viriam mais). Abandonamos esse free tour. Mas é bem possível que haja guias mais bem instruídos, já que no dia que fizemos o passeio, mais de 4 grupos saíram do ponto de encontro que é na Royal Mile, principal avenida da velha cidade. 

Royal Mile, point da Old Town
Ali na Royal Mile você encontra diversos prédios históricos, catedrais, estátuas homenageando alguém e um coração de pedras cuspido. Sim, dizem que cuspir no coração de Midlothian é pra atrair boa sorte. Aparentemente a história é outra, os locais faziam isso pra demonstrar o quanto estavamo putos com as autoridades e tal. E é comum ver gente passeando numa boa de repente, uma cusparada ali. 
Coração de Midlothian: e teve gente que usou o local pra pedidos de casamento...

E se você for pra lá por esses tempos, não repare: a cidade tá um mega canteiro de obras, com essa história de instalarem o Tram e provavelmente com as Olimpíadas.

Rrrrraped and scrrreeam

Não deu com o free tour, mas deu pra conhecer a cidade de uma maneira peculiar. Dizem que Edimburgo é uma cidade mal assombrada e o pessoal se usa disso para promover os chamados Ghost Tours. Depois de pesquisarmos na internet e olharmos algumas comparações, escolhemos um tour completo com a Mercatours que foi sen-sa-cio-nal. A guia era demais e interagia bastante com a galera. Durante o passeio, passamos por diversos lugares, onde ela ia contando as lendas de cada local. Todas histórias são baseadas em fatos reais, mas sempre com um requinte de terror, com mutilações, torturas e fantasmas. Visitamos também as galerias subterrâneas abandonadas, guiados apenas por uma vela e pela voz da nossa guia, que apresentava os mais famosos casos sobrenaturais do local. No final, ainda deu pra tomar um vinhozinho e ouvir mais histórias numa taverna particular.

Demonstrações de tortura com turistas.
Encontrar pessoas pelo caminho é algo muito comum nessas viagens, tu nunca fica sozinho. Perdido pelo caminho, encontramos o Matt, um australiano que está fazendo mochilão pela Europa. Ele me lembrou MUITO o meu amigo Chemello. Certo que eles iam conversar sobre pergolados e Iberê Camargo (ele não era arquiteto, mas  entendia de arte e não sei la mais o quê). Ele foi um parceiro de passeio e festa, além de ter sido ótimo conversar com um falante nativo. Aqui segue o fotolog do mochilão dele.
Perdidos nas matas de Edimburgo

Comer, comer

Acho que muita gente, assim como eu, quando viaja, adora experimentar a comida local. Na Escócia, um dos pratos típicos é o Haggis. Ao procurar na internet o que era, me arrependi e disse que não ia comer (dá uma olhada na Wikipédia pra ver se dá vontade de comer). Mas paramos pra comer num pub/restaurante muito simpático. Depois de muita enrolação, arrisquei um Haggis com molho de whisky. Ei. A carinha do prato tava delícia e o sabor, melhor ainda. E tinha até vegetariano, feito com vegetais (ou sei lá o quê). Pena que não tenho foto pra provar isso pra vocês. Mas a lição do dia: na dúvida, arrisque. O máximo que vai acontecer é não gostar e ter que comprar outra refeição (ou leve um sanduba na bolsa). O pub é o Nº 12 Black Bull, que fica no Grassmarket, que tem muitos pubs e lojinhas, e durante o dia há aquelas feirinhas de artigos marroquinos e bibibi. Antigamente, o local era palco de muitas execuções e alguns dos estabelecimentos se usam disso pra se promover. 

Pub no Grassmarket

Ah, uma curiosidade: pra quem acha que o kilt tá fora de moda ou é coisa do passado, muito se engana. Aqui é super comum ver homens usando, principalmente em eventos sociais. Como era fim de semana, muitos casamentos e coisas do gênero estavam acontecendo e vi vários senhores vestidos com kilts de luxo, entrando em igrejas e hotéis, acompanhados de mulheres em trajes sociais de festa.

Deve ser o pai da noiva.

Roupa ideal para um ida ao cinema com amigos.

Dois dias é nada pra Edimburgo. Faltou eu ver o Scottish National Gallery, Calton Hill, Royal Botanic Garden e por aí vai. Eu me apaixonei por Edimburgo. Não foi como Paris que me conquistou aos poucos ou Bruxelas que eu me encantei por ser um desafio. Foi amor à primeira vista, assim como Galway. Mas Galway chegou primeiro e já tem meu coração. Por isso, chega de falar de outros lugares. Bora voltar pra lá que é meu lugar (ao menos, por enquanto).